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Orgulho Torcedor

A história pode ser escrita hoje mesmo...

Atualizado: 13 de nov.

*Por Heverton Rubens, do Camisa 24


Hoje, dia 28 de outubro, comemora-se o dia de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis e o santo de todo flamenguista. Neste dia também, esperamos que a justiça seja feita e uma história comece a ser escrita de agora em diante... A história de toda a luta, de um menino torcedor que um dia chegaria tão longe, podendo se tornar mais um brasileiro a ser contemplado pela bola de ouro, algo que não acontecia desde 2007 quando Kaká conquistou o título.




Estamos falando de Vinícius José Paixão de Oliveira Júnior. Revelado no Flamengo, Vini Jr. foi federado pelo clube aos 10 anos de idade, sendo o destaque do time sub-13 e a maior surpresa até ali pelo impressionante talento que possuía. Não demorou muito para vestir a amarelinha ao ser convocado pela seleção sub-15 em 2013, chamando atenção até mesmo do Corinthians, que tentou tirá-lo da Gávea, mas sem sucesso. Em 2017, Vini subiu de nível e disputou a copinha no time sub-20 do mengão, sendo o jogador mais novo daquela competição. Seu nível acima dos demais colegas começou a impressionar a comissão técnica do time profissional do Flamengo, que logo o chamou para treinar com os adultos em 2017. Por lá, Vini levantaria a taça do Campeonato Carioca daquele ano. Seu incrível talento começou a aparecer nacionalmente pelo Brasileirão e na Copa Sul-Americana, mas o patamar de verdade veio em 2018 quando Vini disputou a sua primeira Libertadores.




Por fim, a história começava a se desenhar. Em julho de 2018, Vini Jr. deixava o Brasil ao completar 18 anos e seguiu para o Real Madrid, onde se encontra até hoje e construiu vários legados. Todavia, enfrentaria a fúria dos torcedores espanhóis. Não raramente, todos os dias surgem notícias de ataques racistas contra o Vini e ameaças de toda a espécie, chegando ao ápice por todo o primeiro semestre de 2023, quando ele enfrentou todos os ataques mais cruéis possíveis de torcidas rivais. Mas Vini nunca abaixou a cabeça, respondia em campo com golaços e assistências marcantes. O talento de Vini foi muito bem aproveitado na seleção brasileira, esteve presente na copa de 2022, apesar do Tite, mas participa até hoje de Copas Américas, eliminatórias e amistosos.


Hoje, mais do que nunca, esperamos que as bênçãos de São Judas Tadeu recaiam ao Vini, para que ele levante o mais importante troféu de todo o jogador de futebol, principalmente no dia dedicado a este santo e a todos os flamenguistas. Sua possível conquista, se a FIFA for de fato justa, será uma vitória por toda a luta contra o racismo, será a vitória do futebol brasileiro, esperamos que seja também a abertura de porta para muitos jogadores negros que se destacam em nosso país. Quem sabe futuramente não vemos o Endrick ou até mesmo Estêvão sendo cogitados ou podendo levar uma bola de ouro? É hora de mais uma história ser escrita. Brilha, Vini.


Sobre o autor


Heverton Rubens

Paraense de 24 anos, é Coordenador do Camisa 24 e do Orgulho Torcedor. Tecnólogo em Análise de Sistemas pela UNAMA, é torcedor do Flamengo desde 2009 e esteve afastado entre meados de 2020 a setembro de 2023, mas ainda acompanhando o time de longe. É integrante de uma das frentes democráticas do Flamengo, que lutam pela democracia, popularização e diversidade no esporte cujo nome não será citado, pois as opiniões expressas no Camisa 24 não representam nenhum partido, coletivo, entidade ou coisa do gênero. Representam apenas a opinião de quem as escreve, no caso, o nome citado ali.

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